Papel de bituca?


A bituca é um poluente abundante e, até pouco tempo, era considerada não reciclável. Mas, em pesquisa realizada em 2002 pela Universidade de Brasília, verificou-se a possibilidade de usar sua matéria prima na produção de papel.
Quem propôs a idéia da reciclagem foi o estudante de Biologia da UnB, Marco Antônio Barbosa Duarte, no trabalho final da disciplina 'Materiais em Arte'. O projeto foi coordenado pela professora da disciplina, Thérèse Hofmann Gatti (que já pesquisava o desenvolvimente de fontes alternativas para a produção de papel) e pelo professor do Instituto de Química, Paulo Ziani Suarez.
O estudo mostrou que transformar bituca em papel não é tarefa complicada. A celulose - principal componente necessário para a reação química -, está presente de diversas formas na estrutura da bituca: o filtro é composto de acetato de celulose, o fumo contém matéria vegetal (fibras) e a camada externa de papel também são matéria-prima. Carvão e cinzas podem ainda ser usados, embora isso escureça o papel. Esse processo permite que a bituca do cigarro seja inteiramente reciclada.
Os poluentes que estão no filtro do cigarro são retirados e, assim, obtemos um papel limpo e sem cheiro.

Você sabia...?
  • Desde os anos 50, quando o filtro de cigarro começou a ser usado, já foram produzidos cerca de 100 trilhões de bitucas de cigarro.
  • O mundo produz cerca de 5,5 trilhoes de bitucas por ano - isto corresponde a 4 milhões de toneladas de lixo por ano.
  • Com essa bitucas, lançamos no meio ambiente 27.500 toneladas de toxinas.
  • Uma bituca pode contaminar 8 litros de água, representando uma ameaça aos microorganismos de água doce.

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